quarta-feira, 12 de abril de 2017

[Call for papers] Horizontes Antropológicos , 51.




HORIZONTES ANTROPOLÓGICOS

NÚMERO 51

www.ufrgs.br/ppgas/ha

 

Convidamos para submissão de artigos até 31 de maio de 2017

Submissão de artigos: http://seer.ufrgs.br/horizontesantropologicos 

 

Sistemas xamânicos e novos xamanismos

 

Sergio Baptista da Silva, Emerson Giumbelli, Pablo Quintero (orgs.)

 

Os estudos antropológicos têm tido como um de seus temas mais atraente e desafiador, e ao mesmo tempo difuso, a questão do xamanismo nas chamadas sociedades tradicionais. Até há bem poucas décadas considerada como uma instituição arcaica e plena de práticas "mágicas" e "tradicionais", novas abordagens têm evidenciado sua força e presença em contextos atuais. A contemporaneidade do xamanismo tem estimulado, por um lado, revisões de abordagens voltadas ao entendimento de sociedades indígenas e, por outro, tentativas de acompanhar sua disseminação, reconfiguração e circulação em contextos urbanos. A partir destes novos modelos de entendimento, o xamanismo, como sistema cosmológico, implica a manifestação de diversas práticas sócio-culturais associadas com as relações de atuação e mediação simbólica, que colocam em jogo saberes específicos e práticas rituais, vinculadas a concepções cosmo-ontológicas, a modalidades de poder e de medicina, à produção de malefícios e a manifestações de arte. Além disso, o repertório do xamanismo pode incluir também diversas expressões como a religião, a adivinhação, a comunicação onírica e as práticas animistas, entre muitas outras. Estas múltiplas experiências denotam um xamanismo aberto e heterogêneo, que cada vez parece estar mais atravessado por conexões e influências muito diversas. A recente aparição de novos discursos e práticas de xamanismo vinculadas a tendências contemporâneas como as religiosidades new age, bem como a incorporação de xamãs indígenas a circuitos urbanos e transnacionais, voltam a situar no debate antropológico a instituição do xamanismo em novos e dinâmicos contextos. Este número de Horizontes Antropológicos tem como objetivo explorar justamente as múltiplas expressões do xamanismo e do que poderíamos denominar de novos sistemas xamânicos. O número está aberto a diferentes contribuições teóricas e a trabalhos de pesquisa etnográfica que ressaltem as semelhanças e diferenças que ocorrem nas múltiplas manifestações do fenômeno xamâmico, das cosmo-ontologias a ele associadas e aos diversos possíveis papeis exercidos pelos xamãs em variados contextos.

 

HORIZONTES ANTROPOLÓGICOS

NÚMERO 51

www.ufrgs.br/ppgas/ha


Call for papers

 

SHAMANIC SYSTEMS AND NEW SHAMANISMS

Sergio Baptista da Silva, Emerson Giumbelli, Pablo Quintero (orgs.)

 

Anthropological studies have had shamanism in what are called traditional societies as one of its most fetching, challenging and simultaneously diffuse themes. Until just a few decades ago shamanism was considered an archaic institution, filled with "traditional" and "magic" practices. New approaches, however, have shown its presence and strength in present-day contexts. Shamanism's contemporaneity has instigated the reassess of approaches to understanding indigenous societies on one side, and efforts to follow up with its dissemination, reconfiguration and circulation in urban settings on the other. Considering these new models of understanding, shamanism as a cosmological system originates the manifestation of sociocultural practices associated with relations of symbolic acting and mediation, which bring into play specific knowledges and ritual practices linked to cosmo-ontological conceptions, to modalities of power and medicine, to the production of evil and to art manifestations. Furthermore, shamanism's repertoire may also include various expressions, such as, among many others, religion, divination, dream communication and animistic practices. These manifold experiences indicate a shamanism that is open and heterogeneous, and that appears each time to be more and more crossed by a variety of connections and influences. Recently emerged new shamanic practices and discourses linked to current tendencies such as new age religiosities, along with the incorporation of indigenous shamans into urban and transnational circuits, are placing back in the anthropological debate the institution of shamanism in new and dynamic contexts. This issue of Horizontes Antropológicos seeks to explore the multiple expressions of shamanism and of what could be named "new shamanic systems". We welcome different theoretical contributions and ethnographic researches that highlight similarities and differences present in the multiple manifestations of the shamanic phenomenon, cosmo-ontologies to it associated and various possible roles carried out by shamans in sundry contexts.



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